Cavaleiros Andantes

Dizem que já não existem Cavaleiros Andantes de armadura reluzente, espada à cinta e cavalo majestoso... Eu não acredito nisso. Acredito que os Cavaleiros ainda existem, podem já não ter a armadura, a espada e o cavalo ser substituído por um carrito dos que vão andando quando querem; mas a verdade é que eles ainda andam aí. Aparecem quando menos os esperamos, quando mais precisamos deles, apesar de não admitirmos e dizermos que só queremos distância; quando a dor nos assola e nos rompe o peito, quando o mundo perde cor e se revolta com tudo.

Nem sempre são aqueles cuja paixão nos envolve, nem sempre são aqueles que nos envolvem com romance e flores... Muitas vezes são só pessoas normais, que sempre estiveram lá, que nunca reparamos, que nos contam uma piada no momento certo e nos mostram que a alegria não está totalmente perdida... Ou então são pessoas novas que conhecemos por acaso num sítio improvável... Podem até ser crianças que passam na rua e nos brindam com um daqueles sorrisos gigantes e contagiosos aos quais não podemos resistir; ou então um locutor de rádio que põe a nossa música preferida...

Os Cavaleiros Andantes de hoje em dia são pessoas normais que são colocadas nas nossas vidas para a fazer florescer novamente, para nos fazerem voltar a percorrer aquela estrada que tanto nos assusta, chamada Amor....

Por terras do interior encontrei a porta dos Cavaleiros, um arco na antiga muralha da cidade que visitava, uma porta portanto, sempre aberta a quem quisesse entrar... E agora aqui afirmo publicamente, para todos os Cavaleiros Andantes que ainda aguardam na minha vida, que na muralha que construi à minha volta para protecção, vou deixar sempre a porta aberta para a vossa entrada...

São sempre bem vindos no meu mundo!